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Assembleia defende filiação da Fenafar à CTB

Os farmacêuticos catarinenses vão apoiar a filiação da Fenafar à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). A decisão foi aprovada no dia 26 de março durante a Assembleia Geral Extraordinária que também elegeu os delegados à plenária estatutária da Federação marcada para os dias 16, 17 e 18 de abril em Florianópolis.

O SindFar deixou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e iniciou o processo de filiação à CTB em 2008, seguindo deliberação de assembleia dos farmacêuticos. A principal divergência foi o modelo de organização sindical defendido pela corrente majoritária da CUT, que é desfavorável aos sindicato por categoria profissional e econômica (como os sindicatos de farmacêuticos). Os cutistas defendem a pluralidade sindical, sistema que pressupõe a possibilidade de criar diversos sindicatos no mesmo local de trabalho, o que, na opinião da presidente do SindFar e dirigente nacional da CTB, Caroline Junckes, desagrega os trabalhadores. “É um modelo que trabalha pela desmobilização e pelo divisionismo das categorias, já bastante afetadas pela dificuldade de organização”, observa.

A CTB defende a unicidade sindical, modelo que concentra os trabalhadores em entidades sindicais em espaço geográfico mínimo do município, o que impede a existência de sindicatos distritais ou de empresas. O secretário geral da CTB, Paschoal Carneiro, lembra que o Brasil já teve sua experiência com o plurissindicalismo. “Experimentamos esse tipo de organização sindical na Constituição Federal de 1934 (Art.120). O resultado foi tão desastroso que foi mudado o sistema 3 anos depois, na Constituição de 1937. O maior problema foi a criação de inúmeros sindicatos fantasmas”, afirma.

Leia artigo do geral da CTB, Paschoal Carneiro, sobre Organização Sindical

Estratégias de negociação

A assembleia tinha como pauta principal o debate sobre desfiliação e/ou filiação da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar) a Central Sindical, mas a diretoria do SindFar aproveitou a oportunidade para discutir formas de pressionar os sindicatos patronais por um acordo favorável aos profissionais catarinenses. O SindFar deverá produzir um informativo para distribuir aos farmacêuticos nas farmácias, respaldando a pressão aos patrões das farmácias comerciais.

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