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Categorias da saúde protestam contra projeto do Ato Médico

Profissionais da saúde ganharam as ruas de Florianópolis, Lages e Chapecó nessa quarta-feira (9 de março), dia nacional de mobilização contra o PL 7703/2006, proposta que ignora a importância da atuação de 14 profissões dentro dos serviços de saúde. Em côro, farmacêuticos, psicólogos, enfermeiros, biomédicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assitentes sociais, nutricionistas, educadores físicos disseram “não” ao projeto do ato médico”, que hierarquiza os trabalhadores em favor dos médicos e que está na pauta de votação para o próximo dia 16 no Senado Federal.

Na capital, a manifestação iniciou na Praça da Alfândega às 11 horas seguiu para o Terminal Central, passando pela rua Felipe Schmitt – uma das mais movimentadas do centro da capital. Do Terminal, os manifestantes rumaram para a sede do gabinete da senadora, parando em frente ao prédio da Anvisa. Em todo o percurso, houve apitaço e abordagem da população, chamando a atenção e explicando sobre as consequencias de uma eventual aprovação do ato médico. “Esse projeto não é apenas um atraso para todos nós, profissionais. Ele também representa um grande retrocesso para a saúde pública, pois impõe barreiras para o atendimento integral à população”, afirmou o vice-presidente do SindFar, Ronald dos Santos.

Para o farmacêutico, a manifestação ainda cumpriu o papel pedagógico que alertar os profissionais de saúde para a necessidade de intervir nas políticas em defesa da autonomia das profissões, dos avanços do SUS e da atenção integral à saúde da população brasileira . “Assim como esse projeto, há inúmeras medidas em tramitação no congresso que merecem a atenção de todos os trabalhadores que fazem a saúde pública. Precisamos despertar para fazer política em outros palcos além dos institucionais”, alertou.

As mobilizações encerraram no início da tarde depois da entrega de uma carta a assessores dos senadores catarinenses Neuto de Conto, Ideli Salvatti e Raimundo Colombo solicitando intervenção para que o Projeto de Lei criado para regulamentar a profissão médica não prejudique as outras 14 categorias da saúde. Aassessoria do gabinete da senadora Ideli, líder do governo, agendou reunião com representantes das categorias para a quinta-feira (10), mas adiou o encontro. Uma nova data para a audiência deve ser marcada.
Participaram das manifestações estudantes e profissionais de Joinville, Blumenau, Itajaí, Criciúma, Tubarão e da Grande Florianópolis, Conselhos Profissionais de Farmácia, Psicologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Enfermagem, Serviço Social, Nutrição, Educação Física, Fonoaudiologia, centros acadêmicos, diretórios centrais e/ou cursos de saúde da Unesc, Udesc, Univali, UFSC, FURB, UniAsselvi, Estácio, Unisul, Univille e ACE Joinville, dentre outros.

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