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Golpe militar: lembrar para que nunca mais aconteça

Meio século depois, o Brasil lembrou, neste 1º de abril, o golpe militar que condenou o país a 20 anos de ditadura. Em Florianópolis, as ruas do centro da capital foram ocupadas por centenas de militantes de direitos humanos, representantes de sindicatos e outras organizações perseguidas durante os anos de chumbo. Faixas, cartazes, palavras de ordem e esquetes teatrais lembraram os catarinenses desaparecidos, vítimas da violência militar do período mais nebuloso da história do Brasil. Além do presidente da Fenafar e diretor do SindFar, Ronald Ferreira dos Santos, os farmacêuticos foram representados pela farmacêutica Marize Lippel (na foto, ao microfone), personagem da histórica Novembrada.

A Caminhada por Memória, Verdade, Justiça saiu da sede da União Catarinense de Estudantes e percorreu pontos da cidade que marcaram a história dos embates gerados pela Ditadura. Em frente ao Museu Cruz e Souza, que à época era sede do palácio do governo, rememorou a revolta de populares contra João Figueiredo no final dos anos 70. Marise Lippel cursava Farmácia na UFSC e era dirigente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) quando a entidade organizou a manifestação de 30 de novembro de 1979. Ela foi presa junto com outros seis estudantes após o conflito que impulsionou a queda do regime.

A caminhada também distribui um informativo com uma radiografia completa do impacto da ditadura em Santa Catarina. A publicação mostra números e nomes dos catarinenses desaparecidos, dados levantados pelo trabalho das comissões Estadual e Nacional da Verdade, que investigam as violações de direitos humanos ocorridas durante da ditadura, e pelo Coletivo Catarinense Memória, Verdade, Justiça, organização que luta pelo reconhecimento público destes crimes. 

Veja aqui a versão eletrônica do informativo

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