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O mercado farmacêutico cresce, as vagas aumentam, mas a qualidade do emprego só piora

Enquanto uma reportagem recente, celebra o crescimento das vagas de trabalho no setor farmacêutico, a realidade dos profissionais da categoria é bem diferente, marcada por condições de trabalho precárias e uma luta constante por direitos básicos.  

Diferente do apresentado na TV, Fenafar e os sindicatos filiados mostram uma realidade muito mais dura. A qualidade dos empregos nas farmácias e drogarias, país afora, está longe do ideal.  

A Fenafar aponta que, embora as vagas estejam aumentando, a precarização, os baixos salários e as más condições de trabalho têm sido uma constante. A insalubridade e as jornadas exaustivas impactam na saúde e no bem-estar dos trabalhadores. 

Relatos nas redes sociais escancaram a dura realidade, nos mostram condições de trabalho desumanas e uma sobrecarga extenuante. Termos como “escravidão”, “exploração” e “trabalho escravo” são usados para descrever a situação dentro das farmácias e drogarias.  

A escala de trabalho de 6×1, onde o trabalhador tem apenas um dia de folga por semana é exaustiva, não permitindo uma vida equilibrada nem fora, nem dentro do ambiente de trabalho. A isso se juntam as angústias em relação às longas jornadas, que se estendem até altas horas da noite, sem direito a um descanso adequado. 

O ambiente comercial das farmácias é descrito como um lugar onde as demandas são altas, o salário é baixo e as exigências extremas. A falta de condições humanas é um fator que leva os profissionais ao esgotamento físico e emocional, com casos de síndrome de burnout cada vez mais comuns. 

Dentro dessas empresas, os farmacêuticos/as se veem desempenhando múltiplas funções – operando caixas, atendendo clientes, gerenciando equipes – enquanto são submetidos a pressões constantes por metas de vendas e desempenho.  

Enquanto a matéria destaca casos isolados de progressão na carreira, há uma legião de profissionais enfrentando desafios diários para garantir um salário digno, respeito e condições justa de trabalho. 

Os sindicatos têm sido voz ativa nesse embate, enfrentando duras negociações com os sindicatos patronais, buscando ampliar os direitos e condições cada vez mais favoráveis aos trabalhadores.  

A precarização das condições de trabalho, a sobrecarga e a falta de respeito aos direitos básicos dos trabalhadores são questões urgentes que estão na pauta da Fenafar e seus sindicatos, buscando garantir um ambiente de trabalho digno e saudável para todos. 

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