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dez

Pesquisa do IBGE mostra dificuldade da mulher trabalhadora no Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, no dia 29 de novembro, a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2013, muitas mulheres jovens abandonam os estudos e deixam o trabalho para cuidar dos filhos. O levantamento importante para questionar as políticas públicas para as mulheres jovens justamente no período dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra Mulher. Porque quem mais sofre com o abandono do Estado são as mulheres, porque boa parte delas são mães solteiras e têm que arcar sozinhas com a criação dos filhos.

A SIS mostra que, em 2012, 20% dos jovens de 15 a 29 anos de idade não freqüentavam escola nem trabalhavam. A maioria absoluta de mulheres: 70,3%, 30% com ao menos um filho, estão entre as meninas de 15 a 17 anos, já na faixa de 18 a 24 anos são 51,6% e 74,1% daquelas de 25 a 29 anos de idade. Além disso, “a proporção de mulheres como pessoa de referência dos arranjos familiares aumentou de 28% em 2002 para 38% em 2012. No caso dos núcleos formados por casal sem filhos, a proporção de mulheres passou de 6,1% para 18,9%, nos casais com filhos de 4,6 % passou para 19,4%. De cada 100 mulheres na posição de pessoas de referência ou de cônjuges, aproximadamente 52 declararam estar ocupadas, numa razão semelhante à das mulheres ocupadas de 16 anos ou mais (51,3%)”, mostra o estudo do IBGE.

A pesquisa revela uma face cruel da sociedade brasileira na qual as mulheres se vêm obrigadas a abdicar de seus anseios para cuidar da família, enquanto seus parceiros, muitas vezes nem sequer assumem suas responsabilidades. Essa também é uma forma de violência contra a mulher no país.

Veja a SIS 2013 completa.

Fonte: Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB

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