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Entidades, movimentos da Saúde e autoridades recebem com esperança a indicação de Nísia Trindade ao MS

A indicação da doutora Nísia Trindade para chefiar o Ministério da Saúde a partir de 2023, confirmada na última quinta-feira (22) pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, teve boa recepção entre autoridades, entidades e movimentos ligados à saúde e ao SUS, dentro e fora do Brasil.

O anúncio foi repercutido pelo diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, que parabenizou a doutora Nísia por ser a primeira mulher à frente da pasta, afirmando o compromisso de trabalharem juntos nos próximos anos. Em resposta, doutora Nísia disse que a “Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) e o multilateralismo mostram-se essenciais, sobretudo em tempos de emergências sanitárias que tendem a se globalizar de forma acelerada.”

A representante da OPAS/OMS no Brasil, doutora Socorro Gross, também saudou a indicação de Nísia Trindade. “Além do grande marco de ser a primeira mulher a assumir a pasta, Nísia tem uma reconhecida trajetória de trabalho pelo direito à saúde no Brasil, com contribuições extremamente relevantes para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde e da ciência em favor da vida. Com ela a frente deste Ministério, renovamos as nossas parcerias para seguirmos cooperando em prol da saúde para todas as pessoas, com solidariedade e sem deixar ninguém para trás”.

“A indicação da ministra da Saúde do novo governo renova a esperança do povo brasileiro no fortalecimento do SUS. Nosso sentimento é de alegria e temos certeza de que ela vai realizar um grande trabalho”, afirma o presidente do CNS, Fernando Pigatto, ao destacar o apoio e a parceria do CNS com a Fiocruz, que se fortaleceu ainda mais nos últimos anos, especialmente no enfrentamento à pandemia da Covid-19.

Além do presidente do CNS, Fernando Pigatto, entidades com representação no Conselho Nacional de Saúde (CNS) também saudaram a futura ministra, como o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), a Associação Nacional de Pós- Graduando (ANPG), Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais (Conasems), entre outras.

O presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos, Fábio Basilio, comemorou: “A indicação de Nísia Trindade para ser Ministra da Saúde confirma e reafirma o compromisso do governo Lula com a ciência e com a saúde do povo brasileiro. Nos deixa felizes e com a certeza de que teremos, a partir de 1⁰ de janeiro, dias melhores para nosso povo”, disse.

A Coordenadora Geral do Instituto Escola Nacional dos farmacêuticos (EnFAR), Silvana Nair Leite destacou a importância da indicação: “A Dra. Nísia tem apoiado diretamente os projetos do Instituto Escola Nacional dos Farmacêutico (EnFAR) desde 2017 e é uma entusiasta da educação e participação social para o desenvolvimento das políticas de Assistência Farmacêutica e de Ciência e Tecnologia. Tê-la como Ministra da Saúde significa termos a ciência, a razão, e a sociedade à frente da pasta”.

A Frente pela Vida afirmou que a indicação de Nísia se alinha aos valores defendidos pelo movimento que representa diversos setores da sociedade civil, como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dentre outras entidades.

Já a Rede Unida destacou em nota o trabalho realizado por Nísia na Fiocruz, entidade que atua há mais de 30 anos e preside desde 2017, em especial no enfrentamento da pandemia da Covid–19. “Doutora Nísia dirigiu com extrema dedicação e competência a Fundação Osvaldo Cruz nos últimos anos, enfrentando o negacionismo em relação à ciência e a fragilização das instituições da saúde e da democracia.”

Nísia Trindade coordenou todo o acordo de transferência tecnológica para produção da vacina da farmacêutica AstraZeneca para a Fiocruz, em uma articulação com o Ministério da Saúde e a Universidade de Oxford, da Inglaterra. Também foi uma das responsáveis pela criação do Observatório Covid-19, rede de pesquisadores que integrou dados e estudos para desenvolvimento de políticas de combate à Covid-19 no Brasil.

Em sua primeira fala após o anúncio da indicação, Doutora Nísia se comprometeu com o fortalecimento do SUS e a reestruturação de políticas e setores essenciais, como o Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Fenafar com informações da Ascom/CNS
Fonte: CNS
Foto: Agência Fiocruz

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