18
maio

Farmacêuticos hospitalares pressionam por valorização salarial

A mobilização dos farmacêuticos hospitalares de Santa Catarina pode mudar o rumo da sua campanha salarial. Unidos, os profissionais que atuam nos estabelecimentos hospitalares decidiram recusar a proposta patronal de reajuste apenas pelo INPC (4,69%). Eles mantiveram a reivindicação de equiparar o seu piso aos dos colegas segmento farmacêutico comercial do Estado de Santa Catarina. Para atingir o valor, equivalente a R$ 2.970,00, o reajuste necessário é de 18,5%. "Não podemos mais nos calar, queremos o reconhecimento e valorização da nossa profissão", escreveram, no texto do abaixo-assinado criado pelo SindFar a pedido dos colegas. O documento está aberto a adesões neste link.

Os profissionais realizaram estudo em que concluem que o impacto do reajuste na folha de pagamento das instituições hospitalares é minimo. Segundo os dados apresentados, apenas 1% dos funcionários dos hospitais é farmacêutico e a média destes profissionais nos estabelecimento é de 2,2. "Não medimos esforços físicos, intelectuais e financeiros para promoção de constante atualização e qualificação através de cursos autorizados pelos órgãos competentes e configuramos ainda um papel importantíssimo e extremamente estratégico de gestão, controle de qualidade e resultados financeiros, somado a uma atividade técnica de altíssima complexidade, ainda que este profissional ocupe uma baixíssima porcentagem do quadro geral de colaboradores e folha de pagamento de cada uma das instituições catarinenses", afirmam.

Para apresentar estes números e defender a proposta de reajuste, os profissionais estão solicitando mais uma reunião com os sindicatos patronais. O Sindfar está intermediando o agendamento da reunião para 29 de maio.

O SindFar está oferecendo todo o suporte à mobilização dos farmacêuticos hospitalares. Segundo a presidente Fernanda Mazzini, a disposição dos colegas da área hospitalar para a ação coletiva é o primeiro passo para que mudanças substanciais aconteçam na sua condição salarial e profissional. "Categorias com grande capacidade de mobilização e senso de coletividade tem muito mais chances de resistir e ampliar conquistas", afirmou.

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*Atualizada em 19/05, às 14h15min

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